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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Terra em risco? Dois asteroides passam próximos do planeta em 2013


Em janeiro, cientistas devem descobrir se asteroíde Apophis se chocará, ou não, com a Terra em 2036. Foto: Chris Lasley/Flickr
O ano de 2013 será rico em eventos cósmicos. Logo em 10 de janeiro, passa pela Terra aquele que é, atualmente, um dos objetos celestes mais falados: o asteroide Apophis.

Desta vez, a distância entre ele e nosso planeta é mais do que segura: quase 15 milhões de quilômetros. Contudo, armados de telescópios ópticos e antenas de radar, os astrônomos seguirão de perto a trajetória dessa rocha com mais de 300 metros de extensão, que leva o nome do deus egípcio da escuridão.

Pois, em breve, Apophis poderá chegar desagradavelmente perto da Terra: em 13 de abril de 2029, uma sexta-feira, ele passará a uma altura de apenas 30 mil quilômetros de nosso planeta. Isso é mais perto do que ficam os satélites meteorológicos e de comunicações em órbita geoestacionária, 36 mil quilômetros acima da linha do Equador.

Sete anos mais tarde, o asteroide poderá até mesmo colidir com a Terra. As chances são de um para 100 mil, mas uma colisão poderia ter consequências avassaladoras. Por isso, os cientistas estão nervosos, pelo menos até meados de janeiro, quando dados precisos de radar mostrarão que em 2036 Apophis tampouco atingirá a Terra.

Planeta na mira

Em meados de fevereiro, o asteroide 2012 DA14 chega a 24 mil quilômetros da Terra, evocando uma eventual proximidade de um encontro com Apophis. Mas os astrônomos asseguram: um choque está fora de cogitação. E como o objeto mede apenas cerca de 40 metros, uma colisão teria, no máximo, efeitos regionais. Se o asteroide for composto de material poroso, ele se dissolve quase completamente na atmosfera terrestre. Somente se for de metal, abriria uma grande cratera.

Por outro lado, armados de binóculos, os observadores dos céus do Hemisfério Norte poderão admirar a passagem do 2012 DA14 entre as constelações de Virgem e Cabeleira de Berenice, na noite de 15 de fevereiro.

Os encontros com o Apophis e o 2012 DA14 transcorrerão sem maiores estragos. Porém, eles lembram que nosso planeta está sempre exposto aos perigos de um bombardeio cósmico.

Por isso, em 2013 a Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) trabalham tanto na ampliação de sistemas de vigilância capazes de identificar ameaças potenciais no espaço, como no desenvolvimento de eventuais missões de defesa. Em fevereiro, uma comissão da Organização das Nações Unidas apresenta uma proposta sobre como a humanidade deveria lidar com um perigo cósmico concreto.

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