Pesquise aqui

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Lula: O dono do Brasil. Parte 1

(FOTO: WILLIAM VOLCOV/BRAZIL PHOTO PRESS/AE) 
Por: Felipe Patury, Revista Época

"A aliança entre PT e PMDB na Presidência da República tem prazo de validade: 2018.

O prognóstico é do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em conversas com aliados, Lula previu que a presidente Dilma deverá concorrer à reeleição em 2014, mantendo um vice do PMDB.

Em 2018, o campo estará aberto para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que terá 53 anos e, segundo Lula, maturidade e experiência para disputar o Planalto."

Nota do Blog: Caros leitores, vejam bem. O trabalho do governador Eduardo Campos vêm sendo reconhecido por todo o Brasil. Ele aparece na lista dos melhores governadores da história do Pernambuco, ganhando assim, reconhecimento merecido pelos seus trabalhos. Até ai, ninguém discute. Mas, ao falar que "a vez dele é em 2018", o ex, ou melhor, o Eterno presidente Lula, dá a rasteira impressão de que sua "dinastia" já têm nome e rosto para continuar por muito mais tempo. O pseudo-socialista Eduardo Campos, é um dos políticos da "nova geração", têm um comportamento midiático, e como todo bom político, têm lá seus problemas. 

Mas, e aí, como agente fica nessa história? Então não vamos precisar mais votar para presidente pelos próximos, 4 ou 8 anos...??? Como diria nosso presidente Lula, " nunca dantes na..." 
Espere um pouco, espere... Lembrei de uma coisa, isso já não aconteceu? Lembro que num país não muito distante, chamado Brasil,  em um certo tempo atrás, uma tal de Ditadura Militar já tinha conferido esse direito aos seus cidadãos. 

Salve a pátria, Livre!

José Borges Neto

domingo, 29 de abril de 2012

Prefeito Edmilson Fernandes recebe medalha "Presidente Tancredo Neves"

Além de Júnior, Gildan Dantas e Chagas Cristovão, também estavam presentes na premiação.
O prefeito de Antônio Martins, Dr° Edmílson Fernandes (PMDB), foi até o Pernambuco receber a "Medalha Presidente Tancredo Neves", importante honraria dada aos gestores que "demonstram respeito e transparência com o dinheiro público e que possuem ilibada reputação ética-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade."
Prefeito Edmílson, ao lado de Fábio Júnior Venceslau
O evento aconteceu durante os dias 27 e 28 de abril, na linda Cidade de Olinda/PE.

Nota do blog: O trabalho de Dr° Edmílson Fernandes foi reconhecido por um importante órgão de avaliação administrativa do país, isso mostra que, apesar do que seu adversário político anda falando, o gestor Antôniomartinense vêm trabalhando duro para manter a cidade nos trilhos. O trabalho de Dr° Edmílson é reconhecido em todo o país, e isso, os opositores não engolem fácil!

O Brasil não é nosso. É de Sarney e Mailson

São conhecidos os defeitos do atual senador Fernando Collor (PTB-AL), mas é preciso admitir que nenhum outro presidente, desde o restabelecimento das eleições presidenciais diretas, recebeu uma herança tão pesada quanto a que o seu antecessor, José Sarney, lhe legou, em março de 1989.

Juntos, Sarney e seu último ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, levaram o país ao fundo do fundo do poço. Inflação de mais de 72% ao mês. Dívida pública, desemprego e miséria em forte alta. Produtividade, esperança e autoestima totalmente em baixa.

Tão simpático quanto falante, Mailson era objeto de infinita condescendência por parte da imprensa, dos empresários e analistas financeiros. Funcionário de carreira do Banco do Brasil e com longa vivência na administração federal, Mailson era um bom burocrata, nada além disso. Jamais foi um grande conhecedor de economia, área em que se graduou num modesto curso noturno em Brasília. Nem tinha a credibilidade necessária – como faria Fernando Henrique em 1993, no governo Itamar Franco – para recrutar os melhores economistas nacionais em torno da missão, então considerada impossível, de vencer a inflação.

Embora fosse um homem com credenciais muito aquém das necessárias para lidar com o cenário de hiperinflação e baixo crescimento econômico então existente, a torcida em seu favor era próxima da unanimidade. Tratava-se, afinal, de minimizar os estragos do desastre a que se assistia ao vivo e a cores.

Àquela altura, Sarney, desgastado por denúncias de corrupção e sucessivas demonstrações de incompetência administrativa, não encontraria gente mais qualificada que topasse o funesto papel de coveiro, digo, ministro da economia brasileira. E assim Mailson administrava o que ele mesmo chamava de política “feijão com arroz”. O que significava mais ou menos o seguinte: conter a gastança pública na boca do caixa, administrando o Tesouro Nacional de maneira a adiar ou reduzir ao máximo as (poucas) despesas passíveis de corte ou retardamento; evitar os pacotaços e planos de impacto que nos anos precedentes (em especial, de 1985 a 1987) avacalharam com o setor produtivo sem cumprir o seu objetivo fundamental, que era controlar a inflação; e gastar saliva, tentando convencer a todos de que o gelo estava sendo enxugado da melhor maneira possível.

Hoje, os dois brilham. Sarney, como o todo-poderoso do Congresso. Mailson, como… não, não pode ser… guru econômico!


*Formado em Jornalismo, profissão que nunca exerceu, Bezerra é colaborador bissexto deste site e maluco assumido.

"Os 'sujos' julgando os 'maus' lavados."

Um quarto dos 32 parlamentares indicados para investigar o esquema de exploração do jogo ilegal comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, na CPI Mista que será instalada na última quarta-feira, tem problemas com a Justiça.

Oito senadores e deputados que integração a CPI respondem, no total, a oito inquéritos e cinco ações penais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria originada de problemas ocorridos na função de cargos públicos que os parlamentares já exerceram. Seis desses oito congressistas pertencem à base aliada do governo. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco no site do STF.

Os parlamentares enrolados com a Justiça são (em ordem alfabética):

- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Delegado Protógenes (PCdoB-SP)
- Fernando Collor(PTB-AL- na foto)
- Jayme Campos (DEM-MT)
- Luiz Pitiman (PMDB-DF)
- Maurício Quintella Lessa (PR-AL)
- Silvio Costa (PTB-PE)
- Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

Fonte: Blog do Robson Pires http://www.robsonpiresxerife.com/

sábado, 28 de abril de 2012

Arimatea Matos vence com folga eleição para reitor

O professor José de Arimatea Matos é eleito o novo reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). A apuração dos votos, encerrada depois das 3 horas da madrugada deste sábado, 28, confirmou o desejo da comunidade ufersiana.
Arimatea teve apoio decisivo de Josivan (Foto: Eduardo Mendonça)

O professor Arimatea venceu com 42% dos votos; ficando a segunda colocação com candidato da oposição, Ricardo Leite com 30% dos votos dos válidos.

O professor Roberto Pordeus ficou na terceira colocação com 28% dos votos válidos.

“Quero agradecer a todos os segmentos da instituição que acreditaram nas nossas propostas. Daqui pra frente, haverá um período de transição onde vamos fazer um diagnóstico mais detalhado sobre a instituição e a nossa meta é trabalhar para consolidar o que foi implementado na gestão do professor Josivan Barbosa”, afirmou o reitor eleito, Arimatea Matos.

A posse deve acontecer no mês de agosto. O resulta da eleição será encaminhado para o Ministério da Educação para análise e posterior nomeação.

A eleição foi no dia passado, nos quatro campi da instituição. Só à madrugada de hoje o resultado pode ser computado, conclusivamente.

Arimatea teve o apoio ‘indireto’ do atual reitor, Josivan Barbosa. Foi até aqui, na gestão dele, um de seus principais auxiliares.

Fonte: Blog do Carlos Santos http://blogcarlossantos.com.br/arimatea-matos-vence-com-folga-eleicao-para-reitor/

Mais uma: "Greve à vista na Polícia Militar do RN"

Greve na polícia Militar do RN
O clima é de tensão entre os policiais militares do Rio Grande do Norte. Apesar da sensação de insegurança que domina todo o Estado, a situação pode ainda ficar pior. A Polícia pode entrar em greve a qualquer momento. Eles argumentar que o aumento prometido pelo governo não foi pago.

O secretário Aldair da Rocha, segundo informações apuradas pelo blog, já disse que não tem como segurar o movimento, caso o benefício não saia. Para dar o aumento, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) teria que fazer malabarismos, já que o Estado está acima do limite prudencial que prega a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Carlinhos Cachoeira, dava uma de editor da VEJA...



Fonte: VI O MUNDO http://www.viomundo.com.br/denuncias/carlinhos-cachoeira-dando-uma-de-editor.html

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Para refletir um pouco...

"O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no meio da tristeza..."

Guimarães Rosa

Mino Carta, detona: Opinião pública, o que é?


Confusões. O Estadão acredita que seu sonho de vê-los brigar é verdade. Foto: Pedro Ladeira/Frame/Ag. O Globo
Pergunto aos meus reflexivos botões qual seria no Brasil o significado de opinião pública. Logo garantem que não se chama Merval Pereira, ou Dora Kramer, ou Miriam Leitão. Etc. etc. São inúmeros os jornalistas nativos que falam em nome dela, a qual, no entanto, não deixa de ser misteriosa entidade, ou nem tão misteriosa, segundo os botões.

A questão se reveste de extraordinária complexidade. Até que ponto é pública a opinião de quem lê os editorialões, ou confia nas elucubrações de Veja? Digo, algo representativo do pensamento médio da nação em peso? Ocorre-me recordar Edmar Bacha, quando definia o País -como Belíndia, pouco de Bélgica, muito de Índia. À época, houve quem louvasse a inteligência do economista. Ao revisitá-la hoje, sinto a definição equivocada.

Os nossos privilegiados não se parecem com a maioria dos cidadãos belgas. A Bélgica vale-se da presença de uma burguesia autêntica, culta e naturalmente refinada. Trata-se de tetranetos da Revolução Francesa. Só para ser entendido pelos frequentadores do Shopping Cidade Jardim em São Paulo: não costumam levar garrafas de vinho célebre aos restaurantes, acondicionadas em bolsas de couro relampejante, para ter certeza de uma noite feliz. Até ontem, antes do jantar encharcavam-se em uísque.

Em contrapartida, a minoria indiana, sabe das coisas e leu os livros. Já a maioria, só se parece com a nossa apenas em certos índices de pobreza, relativa ou absoluta. No mais, é infelicitada por conflitos, até hoje insanáveis, étnicos e religiosos. Nada de Bélgica, tampouco de Índia. Nem por isso, a diferença, ainda brutal, existe entre brasileiros ricos e pobres, embora desde o governo Lula tenha aumentado o número de remediados.

O Brasil figura entre os primeiros na classificação da má distribuição de renda, pecha mundial. Na semana passada, CartaCapital publicou ampla reportagem de capa sobre vários índices do nosso atraso, a mostrar que crescimento não é desenvolvimento. De fato, o Brasil sempre teve largas condições de ser um paraíso terrestre, como vaticinava Americo Vespucci, e não foi porque faltou o comando de quem quisesse e soubesse chegar lá. Sobrou espaço para os predadores, ou seja, aqueles que, como dizia Raymundo Faoro, querem “um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”.

A opinião pública que os Mervais, Doras e Mirians da vida acreditam personificar, é no máximo, na melhor das hipóteses para eles, a dos seus leitores. Há outra, necessariamente, daqueles que não se abeberam a essas fontes, e muitos sequer têm acesso à escrita. Votam, contudo, e são convocados pelas pesquisas de opinião. À pressão midiática, que ignoram por completo, preferem optar por Lula e Dilma Rousseff. Temos de levar a sério esta específica e majoritária opinião pública claramente expressa e, em termos práticos, mais determinante que a outra.

A opinião pública que a mídia nativa pretende personificar já condenou o chamado mensalão e decidiu os destinos da CPI do Cachoeira. A opinião pública da maioria está noutra. O resultado do confronto há de ser procurado nas pesquisas e nas eleições, é o que soletram meus botões. Eles são exigentes e me forçam a um exame de consciência. Por que as circunstâncias me levam à referência frequente a mídia nativa? Acontece que a mídia é, sim, personificação da minoria. Aquela do deixa como está para ver como fica.

A mesma que conspirou contra Getúlio democraticamente eleito e contra a eleição de Juscelino. Ou que apoiou Jânio Quadros em 1960, tentou evitar Jango Goulart depois da renúncia e enfim implorou o golpe perpetrado pelos gendarmes fardados em 1964, e o golpe dentro do golpe em 1968. A mesma que desrespeitou o anseio popular por eleições diretas em 1984 e engendrou uma dita redemocratização, de todo patética, em 1985, e hoje ainda dá uma de galo no papel impresso e no vídeo. Será que a rapaziada se dá conta do que está a acontecer de verdade?

A mídia nativa, é fácil demonstrar, na sua certeza de representar a opinião pública do País todo pratica aquilo que definiria como jornalismo onírico. Neste mister, o Estadão de quinta 26 supera-se. Estampa na primeira página que a presidenta Dilma mente ao afirmar, ao cabo de um longo encontro com Lula em Brasília, a ausência de diferenças entre ela e seu mentor. A presidenta responde obviamente a uma pergunta e diz: “Não há diferenças entre nós e nunca haverá”. Então por que perguntam se estão certos de que seu sonho é a própria verdade?

Fonte: Carta Capital http://www.cartacapital.com.br/sociedade/opiniao-publica-o-que-e/

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor..."

Um belo poema de Vinicius de Morais, narrado pelo genial Rolando Boldrin. Acompanhe...


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. 

Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me.

 Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. 

Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. 

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. 

E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. 

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !

Texto de Vinicius de Morais.
Narração: Rolando Boldrin

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Parece que a Greve da UERN será inevitável.

Blog do Zé Neto - Imagem da internet
Por Cesar Amorim

Hoje pela manhã estive na reunião na ADUERN com os professores e senti o clima muito agitado, em seus discursos alguns dos professores e lideres sindicas que tomaram a palavra demostraram que a paralização será quase inadiável a partir do dia 02/05, amanhã se reunirão com a governadora e secretários, dentre eles meu ex-professor da faculdade de Direito , Anselmo Carvalho, que hoje ocupa o cargo de Secretário Chefe do Gabinete Civil do Governo.

Os pré-grevistas já estão prevendo o discurso e a argumentação na equipe governamental e não vão aceitar. Segundo o que ouvi, não adianta o governo argumentar a Lei de Responsabilidade Fiscal, nem que tudo será encaminhado para a Assembleia, blá,blá, blá..

O professor Geraldo Carneiro do departamento de Filosofia é indiscutivelmente um dos lideres do movimento, seu discurso é preenchido de um radicalismo impressionante a favor da greve, a professora Telma usou os termos “palhaça, mentirosa e descarada” para falar do compromisso firmado ano passado pela governadora. Ao meu ver será inevitável que a categoria não pare.

E quanto a nós os alunos? Não tenham dúvidas que somos meros espectadores saltitantes, simples bobos da corte, maiores prejudicados com a paralização, sempre é e sempre será assim, em primeiro lugar os SALÁRIOS, em segundo, os SALÁRIOS TAMBÉM...

A realidade nua e crua é que somos NÓS, miseráveis alunos que pagaremos o pato mais uma vez, já passei uma greve quando cursava Geografia, hoje curso academia de Direito, ingressei em Direito no ano de 2009, dai pra cá, já amarguei uma de 100 dias ( ano passado), a outra será deflagrada ao que se indica, próxima semana... Hoje sobre minha faculdade de Direito, já não vejo o Exame da Ordem como maior obstáculo, e sim o dia ou o ano que poderei fazê-lo... Daqui a pouco pedirei a Deus para terminar meu curso até o final do século, isso é angustiante e desgastante.

Cesar Amorim - Acadêmico do curso de Direito - UERN

Médicos do Estado começam greve no domingo.

Blog do Zé Neto - Imagem da Internet
Médicos do Estado iniciam greve no próximo domingo (29) a partir das 7h da manhã. O movimento grevista foi definido à noite de ontem, em assembleia no sindicato da categoria, o Sinmed. Foi motivado pela falta de negociação do governo às reivindicações da classe.

Dentro do regime de greve serão paralisadas todas as atividades eletivas, como consultas, exames e cirurgias, além de se reduzir em 30% os atendimentos de urgência de toda a rede de saúde do estado.

“Infelizmente esgotamos todas as possibilidades de negociação com o Governo. Não podemos continuar trabalhando com uma série de direitos sendo negados aos médicos”, justificou o presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira.

Entre as reivindicações dos médicos do Estado estão: incorporação da gratificação de alta complexidade para todos os médicos, o Piso Fenam; a criação de uma gratificação de plantão para unidades de saúde de 24 horas; condições de trabalho nas unidades da SESAP, e posição contrária à terceirização proposta nas unidades estaduais.

Outro ponto bastante apontado pelos profissionais é a falta de abastecimento dos hospitais e unidades de saúde e a que tem impossibilitado o atendimento dos pacientes.

Com informações do sindicato médico.

Fonte: Blog do Carlos Santos http://blogcarlossantos.com.br/

Semifinais do Campeonato Municipal de Futsal de ANTÔNIO MARTINS/RN.

A cidade de Antônio Martins é há muito tempo referência no futebol, e agora esta se firmando, mais ainda, como uma grande incentivadora do jogo de salão, FUTSAL. Mais um belo campeonato entra na reta final, com grande repercussão e que, com certeza, contribuiu para trazer mais alegria e entretenimento para toda a população. Este Blog não poderia deixar de parabenizar, desde já, o secretário de Esportes e Lazer do Município, Gildeval Júnior, que desde que assumia essa secretário vêm mostrando como realmente deve trabalhar um secretário, agindo de forma sensata e trabalhando muito para o bem-estar do Município.



Veja a baixo, o Convite para as Semifinais.

Chegou à hora de sabermos quem serão os finalistas do campeonato municipal de Futsal de Antônio Martins/RN – Fco Augusto da Silva Junior & Fco das Chagas de Lima Ferreira, após a fase de grupos, quartas de finais, chega a hora das semifinais da competição.

As semifinais acontecerão nesse dia 28/04/2012 a partir das 14:30hs no Ginásio Fco Pedro Neto no Alto da Ema, aonde teremos quatros confrontos para sabermos quem serão os finalistas das categorias Aberto Masculino e SUB 13.

Vejam os jogos de sábado – 28/04/2012:

* 25º JOGO – SUB 13 – 14:30HS – ADIDAS ALL STARS X SAAE JR

* 26º JOGO – ABERTO – 15:00HS – CONJUNTO DOS FIÉIS X SAAE

* 27º JOGO – ABERTO – 15:40HS – ALTO DA EMA X MUQUÉM

* 28º JOGO – SUB 13 - ESPERANÇA X SAAE JR


PREFEITURA MUNICIPAL DE ANTÔNIO MARTINS/RN
SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER

Brasil: Uma Educação Controlada.



Caros leitores, estamos acostumados a ver diariamente em jornais ou em outros meios de comunicação, noticias sobre as brigas e confusões, nas Escolas do nosso país. E é nesse instante que percebemos o quanto nossa educação esta a cada dia se desgastando mais e mais, ou seja, vemos que quanto mais aumenta o numero de conflitos nas escolas, principalmente nas públicas, cresce o número de alunos que, ao terminarem seus estudos, não estão preparados para o mercado de trabalho nem para viver como um dito cidadão. Esses alunos que não recebem a devida atenção acabam largando cedo, sua vontade de ser algo na vida, e de atingir suas metas. Deixam seus sonhos pelo meio do caminho, feito pedras no chão...

Apesar do nosso Governo falar que a educação estar melhorando, acho que ele deveria aprender o que na realidade é uma educação de vergonha. No nosso país existe ainda, por infelicidade nossa, aquele velho ditado que fala : O jeitinho brasileiro de sempre.
Esse ditado popular mostra o quanto ainda vivemos em um nível muito baixo de intelecto, já que o "jeitinho" do brasileiro é o de sempre querer "tampar o sol com uma peneira", essa moda ( que não é de viola ) acaba retardando nosso desenvolvimento na área da educação. O sistema que controla toda nossa educação é de certa forma um sistema antigo, pois hoje temos problemas que devem se encarados com muita força de vontade para possam, aos poucos, serem superados, e não deixar que continue essa velha conversa de que a educação estar melhorando. Se melhorar for isto que vemos, imagine se fosse ruim? Mas dentre tudo, percebemos que os culpados por esse grande mal, se escondem por trás das cortinas, e cada vez mais o futuro do nosso país vai se revelando. Um futuro cheio de vergonha. Vergonha de um país que não deu a merecida atenção para a educação do seu povo, sabendo eles que, é este povo que um dia irá de construir uma noção mais rica e solidaria. Mas essa realidade talvez possa não ser vista, pois hoje é que todos precisam de uma boa colaboração dos órgãos públicos, se não houver políticas públicas bem intencionadas,  nosso país se tornará um verdadeiro deposito de lixo. Mas lixo de mentes estragadas. Talvez, encontraremos  no fim de tudo, o caos que países, antes sinônimos de riqueza e soberania, se encontram.

Então, tudo estar caminhando como os nossos mandantes querem, mais dinheiro para patrocinar os Teatros de rua e da Televisão, ou seja, a propaganda que abastece a elite pobre, a novela, o comercial, o horário eleitoral, o programa dominical favorito, tudo isso a serviço das "oligarquias contemporâneas", formadas em sua maioria por governos, partidos políticos, empresários e demais usurpadores, (que semelhança entre contemporâneo e antigo) para que possam, juntos, enganarem os que "não se interessam por política" e que não querem se envolver com os nossos problemas educacionais. Jamais ouve alguém que tentou questionar os poderes e não foi castigado, humilhado, e chamado de louco.  Mas sempre a alguém para falar que estamos avançando para uma melhor educação, jamais eles sabem se o que dizem é verdade, mas isso não importa, pois o que eles querem eles já conseguiram,que é manter você ligado neles, para ganharem sua audiência, e também para roubarem seu voto. A sabedoria serve para abrir nossos olhos, e seja talvez por isso que eles não querem nos dar uma boa Educação.

Brasil.

Salve o País do futebol
do carnaval, das favelas
da prostituição, da farra
do crime organizado, do mensalão
do dólar na cueca, do congresso, então!
 Salve o Brasil das maravilhas, fantasias.
 Salve o País colônia de si, não mais de Portugal, Inglaterra ou USA. 
Será?
Salve meu país, e por mais que te reclame, não te deixo, te amo.
Salve nossa Bandeira da Ordem e do Progresso.
Salve nosso povo, nosso ouro que não puderam roubar.
Salve nossa glória.
Salvem o Brasil!!!


José Borges Neto.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A ditadura civil-militar

Por: Daniel Aarão Reis*

Tornou-se um lugar comum chamar o regime político existente entre 1964 e 1979 de “ditadura militar”. Trata-se de um exercício de memória, que se mantém graças a diferentes interesses, a hábitos adquiridos e à preguiça intelectual. O problema é que esta memória não contribui para a compreensão da história recente do país e da ditadura em particular.

É inútil esconder a participação de amplos segmentos da população no golpe que instaurou a ditadura, em 1964. É como tapar o sol com a peneira.

As marchas da Família com Deus e pela Liberdade mobilizaram dezenas de milhões de pessoas, de todas as classes sociais, contra o governo João Goulart. A primeira marcha realizou-se em São Paulo, em 19 de março de 1964, reunindo meio milhão de pessoas. Foi convocada em reação ao Comício pelas Reformas que teve lugar uma semana antes, no Rio de Janeiro, com 350 mil pessoas. Depois houve a Marcha da Vitória, para comemorar o triunfo do golpe, no Rio de Janeiro, em 2 de abril. Estiveram ali, no mínimo, a mesma quantidade de pessoas que em São Paulo. Sucederam-se marchas nas capitais dos estados e em cidades menores. Até setembro de 1964, marchou-se sem descanso. Mesmo descontada a tendência humana a aderir à Ordem, trata-se de um impressionante movimento de massas.

Marcha da Família com Deus e Pela Liberdade ( Foto de arquivo 02/04/1964 )

Nas marchas desaguaram sentimentos disseminados, entre os quais, e principalmente, o medo, um grande medo.

De que as gentes que marcharam tinham medo?

Tinham medo das anunciadas reformas, que prometiam acabar com o latifúndio e os capitais estrangeiros, conceder o voto aos analfabetos e aos soldados, proteger os assalariados e os inquilinos, mudar os padrões de ensino e aprendizado, expropriar o sistema bancário, estimular a cultura nacional. Se aplicadas, as reformas revolucionariam o país. Por isto entusiasmavam tanto. Mas também metiam medo. Iriam abalar tradições, questionar hierarquias de saber e de poder. E se o país mergulhasse no caos, na negação da religião? Viria o comunismo? O Brasil viraria uma grande Cuba? O espectro do comunismo. Para muitos, a palavra era associada à miséria, à destruição da família e dos valores éticos.

É preciso recuperar a atmosfera da época, os tempos da Guerra Fria. De um lado, os EUA e o chamado mundo livre, ocidental e cristão. De outro, a União Soviética e o mundo socialista. Não havia espaço para meios-termos. A luta do Bem contra o Mal. Para muitos, Jango era o Mal; a ditadura, se fosse o caso, um Bem.

No Brasil, estiveram com as Marchas a maioria dos partidos, lideranças empresariais, políticas e religiosas, e entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), as direitas. A favor das reformas, uma parte ponderável de sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, alguns partidos, as esquerdas. Difícil dizer quem tinha a maioria. Mas é impossível não ver as multidões — civis — que apoiaram a instauração da ditadura.

A frente que apoiou o golpe era heterogênea. Muitos que dela tomaram parte queriam apenas uma intervenção rápida, brutal, mas rápida. Lideranças civis como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Adhemar de Barros, Ulysses Guimarães, Juscelino Kubitschek, entre tantos outros, aceitavam que os militares fizessem o trabalho sujo de prender e cassar. Logo depois se retomaria o jogo politico, excluídas as forças de esquerda radicais.

Não foi isso que aconteceu. Para surpresa de muitos, os milicos vieram para ficar. E ficaram longo tempo. Assumiram um protagonismo inesperado. Houve cinco generais-presidentes. Ditadores. Eleitos indiretamente por congressos ameaçados, mas participativos. Os três poderes republicanos eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Os militares mandavam e desmandavam. Ocupavam postos no aparelho de segurança, nas empresas estatais e privadas. Choviam as verbas. Os soldos em alta e toda a sorte de mordomias e créditos. Nunca fora tão fácil “sacrificar-se pela Pátria”.

E os civis? O que fizeram? Apenas se encolheram? Reprimidos?

A resposta é positiva para os que se opuseram. Também aqui houve diferenças. Mas todos os oposicionistas — moderados ou radicais — sofreram o peso da repressão.

Entretanto, expressivos segmentos apoiaram a ditadura. Houve, é claro, ziguezagues, metamorfoses, ambivalências. Gente que apoiou do início ao fim. Outros aplaudiram a vitória e depois migraram para as oposições. Houve os que vaiaram ou aplaudiram, segundo as circunstâncias. A favor e contra. Sem falar nos que não eram contra nem a favor — muito pelo contrário.

Na história da ditadura, como sempre, a coisa não foi linear, sucedendo-se conjunturas mais e menos favoráveis. Houve um momento de apoio forte — entre 1969 e 1974. Paradoxalmente, os chamados anos de chumbo. Porque foram também, e ao mesmo tempo, anos de ouro para não poucos. O Brasil festejou então a conquista do tricampeonato mundial, em 1970, e os 150 anos de Independência. Quem se importava que as comemorações fossem regidas pela ditadura? É elucidativa a trajetória da Aliança Renovadora Nacional — a Arena, partido criado em 1965 para apoiar o regime. As lideranças civis aí presentes atestam a articulação dos civis no apoio à ditadura. Era “o maior partido do Ocidente”, um grande partido. Enquanto existiu, ganhou quase todas as eleições.

Também seria interessante pesquisar as grandes empresas estatais e privadas, os ministérios, as comissões e os conselhos de assessoramento, os cursos de pós-graduação, as universidades, as academias científicas e literárias, os meios de comunicação, a diplomacia, os tribunais. Estiveram ali, colaborando, eminentes personalidades, homens de Bem, alguns seriam mesmo tentados a dizer que estavam acima do Bem e do Mal.

Sem falar no mais triste: enquanto a tortura comia solta nas cadeias, como produto de uma política de Estado, o general Médici era ovacionado nos estádios.

Na segunda metade dos anos 1970, cresceu o movimento pela restauração do regime democrático. Em 1979, os Atos Institucionais foram, afinal, revogados. Deu-se início a um processo de transição democrática, que durou até 1988, quando uma nova Constituição foi aprovada por representantes eleitos. Entre 1979 e 1988, ainda não havia uma democracia constituída, mas já não existia uma ditadura.

Entretanto, a obsessão em caracterizar a ditadura como apenas militar levou, e leva até hoje, a marcar o ano de 1985 como o do fim da ditadura, porque ali se encerrou o mandato do último general-presidente. A ironia é que ele foi sucedido por um politico — José Sarney — que desde o início apoiou o regime, tornando-se ao longo do tempo um de seus principais dirigentes…civis.

Estender a ditadura até 1985 não seria uma incongruência? O adjetivo “militar” o requer.

Ora, desde 1979 o estado de exceção, que existe enquanto os governantes podem editar ou revogar as leis pelo exercício arbitrário de sua vontade, estava encerrado. E não foi preciso esperar 1985 para que não mais existissem presos políticos. Por outro lado, o Poder Judiciário recuperara a autonomia. Desde o início dos anos 1980, passou a haver pluralismo politico-partidário e sindical. Liberdade de expressão e de imprensa. Grandes movimentos puderam ocorrer livremente, como a Campanha das Diretas Já, mobilizando milhões de pessoas entre 1983-1984. Como sustentar que tudo isto acontecia no contexto de uma ditadura? Um equívoco?

Não, não se trata de esclarecer um equívoco. Mas de desvendar uma interessada memória e suas bases de sustentação.

São interessados na memória atual as lideranças e entidades civis que apoiaram a ditadura. Se ela foi “apenas” militar, todas elas passam para o campo das oposições. Desde sempre. Desaparecem os civis que se beneficiaram do regime ditatorial. Os que financiaram a máquina repressiva. Os que celebraram os atos de exceção. O mesmo se pode dizer dos segmentos sociais que, em algum momento, apoiaram a ditadura. E dos que defendem a ideia não demonstrada, mas assumida como verdade, de que a maioria das pessoas sempre fora — e foi — contra a ditadura.

Por essas razões é injusto dizer — outro lugar comum — que o povo não tem memória. Ao contrário, a história atual está saturada de memória. Seletiva e conveniente, como toda memória. No exercício desta absolve-se a sociedade de qualquer tipo de participação nesse triste — e sinistro — processo. Apagam-se as pontes existentes entre a ditadura e os passados próximo e distante, assim como os desdobramentos dela na atual democracia, emblematicamente traduzidos na decisão do Supremo Tribunal Federal em 2010, impedindo a revisão da Lei da Anistia. Varridos para debaixo do tapete os fundamentos sociais e históricos da construção da ditadura.

Enquanto tudo isso prevalecer, a História será uma simples refém da memória, e serão escassas as possibilidades de compreensão das complexas relações entre sociedade e ditadura.


DANIEL AARÃO REIS é professor de História Contemporânea da UFF


terça-feira, 24 de abril de 2012

Sinto Vergonha de Mim - Texto de Rui Barbosa

Grandes escritores Brasileiros, nos deixaram inúmeros textos, poemas, livros, falando de diferentes temas, muitos falaram do Brasil. Nesse vídeo, Rolando Boldrin, grande intelectual brasileiro declama um texto magnifico do glorioso Rui Barbosa. Esse texto, escrito há mais de 100 anos parece falar de uma sociedade brasileira atual, nos mostrando que em alguns pontos, o Brasil parou no tempo, vivemos ainda os mesmos sentimentos, as mesmas angustias, os mesmos desafios. Ouçam bem essa mensagem, realmente, vale a pena!



SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim, por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade, e por ver este povo já chamado varonil, enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim, por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o ‘eu’ feliz a qualquer custo, buscando a tal ‘felicidade’ em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos ‘floreios’ para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre ‘contestar’, voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor, ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo!

‘De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude. A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto’.

Autor: Rui Barbosa

Congresso confirma os nomes dos integrantes da CPMI do Cachoeira


Odair Cunha (à direita), o relator da CPI, e Jilmar Tatto, o líder do PT. Cunha promete investigação isenta. Foto: Elza Fiúza / ABr
Odair Cunha (à direita), o relator da CPI, e Jilmar Tatto, o líder do PT. Cunha promete investigação isenta. Foto: Elza Fiúza / ABr
O Congresso tornou oficial, na noite desta terça-feira 24, os nomes dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar os negócios do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. São 64 parlamentares, 32 titulares e 32 suplentes. Eles terão seis meses para verificar como atuava a quadrilha que, segundo investigações da Polícia Federal, mantinha um esquema de exploração de jogos ilícitos.

O PT, dono da maior bancada da Câmara, indicou como relator da CPI o deputado Odair Cunha (MG). Sua posição é estratégica, uma vez que o relator coordena as investigações da comissão. Nesta terça, Cunha prometeu conduzir uma investigação “séria e serena” e que produza resultados “doa a quem doer”. É uma tentativa de indicar que a CPI será isenta e não tentará proteger aliados do governo.

A oposição, da mesma forma, tenta mostrar coragem diante da CPI. Nesta terça, o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), afirmou que seu partido apoia a ida do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPI. “O governador Marconi Perillo virá e tem todo o apoio do PSDB para participar com esclarecimentos na CPMI. Esperamos que o PT tenha o mesmo desprendimento”, disse. Perillo é um dos políticos com mais problemas diante de sua relação com Cachoeira. A investigação da PF mostrou, por exemplo, que sua ex-chefe de gabinete, usando informação passada por Cachoeira, avisou um prefeito aliado de Perillo sobre uma operação da PF.

O comentário do líder do PSDB sobre o PT é uma óbvia referência ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O petista também aparece nas gravações das operações da Polícia Federal. A quadrilha de Cachoeira tem tantos tentáculos nos Estados que nenhum grupo político está a salvo de polêmicas. Além de Perillo e Agnelo, outros governadores que podem ser investigados são Beto Richa (PSDB-PR), Silval Barbosa (PMDB-MT) e Raimundo Colombo (PSD-SC).

O alvo principal da CPI, entretanto, deve ser o senador Demóstenes Torres, de Goiás. Ele é o personagem público mais comprometido com Cachoeira. Demóstenes deixou o DEM para não ser expulso do partido, está sendo investigado pelo Conselho de Ética do Senado e pode ter seu mandato cassado por conta das relações com Cachoeira. Famoso por bater duramente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, Demóstenes passou a surgir de forma apenas esporádica no Congresso desde o surgimento do escândalo. Com a CPI, é provável que sua situação se torne insustentável.

O grande desafio da CPI será provar sua capacidade de investigar e punir os culpados por corrupção. É isso o que a sociedade brasileira espera.

Confira abaixo os integrantes da CPI do Cachoeira:

No Senado, a representação foi feita conforme os blocos. O maior, formado por PMDB, PP e PV ficou com cinco vagas, incluindo a presidência da CPMI. O bloco do governo também teve cinco vagas. O bloco da minoria ficou com três vagas e o bloco União e Força (PR e PTB) com outras duas. O PSD recebeu a vaga extra.

Titulares

Vital do Rêgo (PMDB-PB) – PRESIDENTE
Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
Sérgio Souza (PMDB-PR)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Paulo Davim (PV-RN)
José Pimentel (PT-CE)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Humberto Costa (PT-PE)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Pedro Taques (PDT-MT)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Jayme Campos (DEM-MT)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Fernando Collor (PTB-AL)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Kátia Abreu (PSD-TO)

Na Câmara, a divisão das vagas foi feita de acordo com a representação de cada partido na Casa. O PT ficou com três vagas, incluindo a do relator. O PMDB e o PSDB ficaram com duas vagas e outros nove partidos obtiveram uma única vaga.

Titulares

Odair Cunha (PT-MG) – RELATOR
Paulo Teixeira (PT-SP)
Cândido Vaccarezza (PT-SP)
Luiz Pitiman (PMDB-DF)
Íris de Araújo (PMDB-GO)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Fernando Franceschini (PSDB-SP)
Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
Protógenes Queiroz (PCdoB-SP)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Gladson Cameli (PP-AC)
Rubens Bueno (PV-PR)
Maurício Quintella Lessa (PR-AL)
Paulo Foletto (PSB-ES)
Felipe Pereira (PSC-RJ)
Silvio Costa (PTB-PE)

Fonte: Carta Capital http://www.cartacapital.com.br/politica/congresso-confirma-os-nomes-dos-integrantes-da-cpmi-do-cachoeira/

Nota do Blog: Sinto cheiro de pizza. PTMDBISTA

Paladinos da Política Brasileira de 'Cachoeira' a Baixo...

Imagem da Internet - Blog do Zé Neto
Sabe aquela conversa sobre critérios técnicos e meritocracia como a solução para combater “loteamento” de cargos públicos no governo federal? Cabe bem ao discurso tucano em época de eleição, mas de perto o assunto muda de figura – e a pimenta espirra no olho.

Pois a “meritocracia” defendida aos berros pela oposição passou longe da escolha da diretora regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba Mônica Beatriz Silva Vieira. Ela assumiu o posto em 25 de maio do ano passado. Para chegar lá, o currículo foi o que menos importou. Bastaram 12 dias e sete telefonemas das pessoas certas na hora certa: um bicheiro, um senador pau mandado e um ex-governador com pretensões de chegar à Presidência.

É o que apontam as escutas telefônicas da Polícia Federal reveladas pelo jornal O Estado de S.Paulo. Nas conversas, interceptadas com autorização judicial, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é escalado para levar um pedido do contraventor Carlinhos Cachoeira ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). A ordem era para conseguir um emprego para Mônica Vieira, prima do bicheiro. Aécio disse desconhecer que o pedido favoreceria o contraventor.

Além dele, de acordo com a reportagem, são citados nos grampos os o ex-prefeito de Uberaba Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, articulador político de Aécio no estado e secretário de Governo do governador Antonio Anastasia (PSDB).

“É importantíssimo pra mim. Você consegue por ela lá com Aécio… em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe”, mendiga o contraventor em 13 de maio de 2011, na primeira vez em que Aécio é citado. Demóstenes, então, responde. “Tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar pra ele.”

Quem tem amigo tem tudo. E o possível tráfico de influência pode ser mais uma das tantas artimanhas da confraria Cachoeira a ser investigada pela CPI mista do Congresso.

De toda forma, o contraventor, que usava Demóstenes para interceder por seus interesses em Brasília, pode usar o antes santo nome do senador para se livrar de uma possível condenação. Segundo noticiou a Folha de S.Paulo, Cachoeira pediu à Justiça a anulação das provas obtidas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo com o argumento de que Demóstenes, por ter foro privilegiado, não poderia ser investigado sem autorização do Supremo Tribunal Federal.

O argumento é facilmente desmontável, já que a acusação pode alegar que senadores e governadores foram apenas citados nos grampos, e não alvo da investigação em si. Mas a história recente de um país que livrou Daniel Dantas da prisão com argumentos parecidos manda o alerta.

O pedido é assinado pelos dois advogados de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e Dora Cavalcanti. A Justiça ainda não se manifestou.


Plano anunciado por Dilma Rousseff combaterá colapso D'Água em ANTÔNIO MARTINS e Luiz Gomes


O plano de enfrentamento da seca anunciado pela presidente Dilma Rousseff, na reunião de governadores do Nordeste, nesta segunda-feira, 23, em Aracaju (Se), deve trazer alívio para os municípios de Luiz Gomes e Antonio Martins, que sofrem com a falta d’água desde o final do ano passado. Como os açudes secaram, o sistema de abastecimento entrou em colapso. “As ações reforçarão o esforço do governo”, observou o secretário de Recursos Hídricos, Gilberto Jales.

O governo está fornecendo água nos dois municípios com carros pipa, através da Caern, e a Secretaria de Recursos Hídricos também iniciou a perfuração de poços como forma de amenizar o quadro. Já foram perfurados seis. O governo também vai recuperar o açude “Dona Lulu” (Luiz Gomes), que se encontra assoreado.

Mas, a situação exige medidas mais sustentáveis. Por isso, a governadora Rosalba Ciarlini apelou à presidente Dilma para que a zona urbana fosse incluída no plano emergencial contra a estiagem. Assim, tanto Luiz Gomes quanto Antonio Martins vão ter poços ativados e reforço no abastecimento por carros pipa.
Como a solução definitiva depende da adutora do Alto Oeste, a governadora já autorizou providências para a retomada das obras paradas no governo passado. “A expectativa é que até maio os serviços sejam reiniciados”, completa Gilberto Jales. A adutora do Alto Oeste exige investimentos da ordem de R$ 28 milhões e vai abastecer 23 municípios da região.


Fonte: Blog RN POLÍTICA EM DIA: 2012 http://rnpoliticaemdia2012.blogspot.com.br/

Reajuste não é confirmado e ADUERN convoca Assembleia


Em audiência com o reitor Milton Marques realizada na noite de ontem, 23, a diretoria da ADUERN foi informada que nos contracheques dos professores da UERN do mês de abril não consta o reajuste de 10,65% acordado com o Governo do Estado em setembro do ano passado. O acordo pôs fim à greve de 106 dias na Universidade e previa o pagamento de 10,65% para abril de 2012; 7,43% para abril de 2013; e 7,43% para abril de 2014.

O Reitor ainda informou que nesta quarta-feira, 25, irá se reunir com o secretário chefe do Gabinete Civil do Estado, Anselmo Carvalho, e com o Consultor Geral do Estado, José Marcelo Costa, para obter informações sobre a tramitação do Projeto de Lei que altera os salários dos professores da UERN, que se encontra na Consultoria Geral do Estado desde janeiro de 2012, quando o mesmo já deveria ter sido enviado e aprovado pela Assembleia Legislativa.

Ciente da demora da tramitação do Projeto de Lei, no início de março, a ADUERN solicitou uma audiência à Governadora Rosalba Ciarlini, mas, até o momento, não teve a solicitação atendida.

Tendo em vista o descumprimento do acordo, a ADUERN irá realizar Assembleia Geral Extraordinária com os professores para que a categoria se posicione com base nessas informações. A assembleia será realizada nesta quinta-feira, 26, às 9h na sede da entidade em Mossoró.

Segundo o professor Flaubert Torquato, presidente da ADUERN, os professores encontram-se indignados com a insensatez do Governo do Estado. “É uma demonstração de descaso, desrespeito e falta de compromisso”, afirma o docente.

Confira a convocação:

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

C O N V O C A Ç Ã O

A Diretoria da Associação dos Docentes da UERN – ADUERN/Seção Sindical do ANDES/SN, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os professores da UERN para participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará na Área de Lazer Prof. FRANCISCO MORAIS FILHO, no dia 26 de abril de 2012, quinta-feira, em primeira convocação, com 20% do número de sindicalizados, às 08:30 horas, em segunda convocação com 10% do número de sindicalizados, às 08:45 horas, ou, em terceira e última convocação, com qualquer quorum, às 09:00 horas, oportunidade em que será apreciado o seguinte ponto de pauta:

1 – Discussão e deliberação sobre Reajuste Salarial.

Mossoró (RN), 24 de abril de 2012


Prof. Flaubert Fernandes Torquato Lopes
Presidente


Fonte: Site da ADUERN http://www.aduern.org.br/portal/

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Metade - Oswaldo Montenegro

Quem de nós nunca se rendeu a uma poesia, atire a primeira pedra. A arte de unir palavras, jogá-las umas sobre as outras, fazer rimas, ou não. A poesia é a arte mais pura que homem pode produzir. Algumas são tristes. Falam de amor, de paixão, de amizade, de rosas, de lutas, de vitórias, de beijos, de bichos, falam de homens, de mulheres, crianças, velhos. A poesia é livre. E essa linda interpretação do magnífico Oswaldo Montenegro, nos faz acalmar a alma, deitar a cabeça sobre o traviseiro (ou sobre o ombro de alguém especial) e refletir sobre a vida, sobre nosso passado, nosso futuro. Que viva a poesia, que viva a música verdadeiramente brasileira, que viva os mestres!


CAMPEONATO MUNICIPAL DE FUTSAL DE ANTÔNIO MARTINS/RN – FCO AUGUSTO DA SILVA JUNIOR & FCO DAS CHAGAS DE LIMA FERREIRA




Já estão definidos os times da categoria aberto que se enfrentarão nas semifinais do Campeonato Municipal de Futsal de Antônio Martins. E nesse sábado (28) saberemos quem serão os finalistas das categorias aberto masculino e sub 13.

No sábado aconteceram três jogos o primeiro foi o Sub 13 em que a equipe Dom de Deus garantiu a primeira vaga na grande final quando derrotou o Adidas All Stars, em seguida teve dois jogos pelas quartas de finais o primeiro foi a seleção do Pico quando digo “seleção” é pelo motivo da equipe possuir vários jogadores considerados uns dos melhores da nossa cidade contra a desacreditada equipe do Conjuntos dos Fiéis,mas a primeira zebra do Campeonato tinha que acontecer e aconteceu, o Pico perdeu e de quebra deu adeus a competição. Outro jogo do sábado foi entre o Muquém e a equipe do Viramundo que vinha desfalcada e com jogador machucado, não deu outra o Muquém venceu e seguiu para as semifinais.

No domingo (29) o primeiro jogo era entre a equipe do Venceslau que ainda não havia vencido contra o Esperança que precisava vencer para sonhar com uma vaga na final do Sub 13, mas novamente a zebra deu o ar da graça e o Esperança perdeu.

O segundo jogo do domingo o DL F.C. enfrentou o Alto da Ema e para quem foi a quadra valeu a pena, pois o primeiro tempo foi de tirar o fôlego com lances para os dois lados e divididas fortes, mas no final do segundo tempo o Alto da Ema aproveitou a falta de atenção do adversário e venceu. O SAAE enfrentou a Pintada ambos disputando a ultima vaga para as semifinais, todos pensavam que seria mais um jogo disputado, mas o que aconteceu foi uma vitória tranquila do SAAE.

Resultados dos jogos das quartas de finais e os outros jogos do final de semana:
ü SUB 13 - DOM DE DEUS 03 X 01 ADIDAS ALL STARS
ü QUARTAS DE FINAIS- PICO F.C.01 X 02 CONJUNTO DOS FIÉIS
ü QUARTAS DE FINAIS – VIRAMUNDO F.C.01 X 06 MUQUÉM F.C.
ü SUB 13 - ESPERANÇA F.C. 02 X 04 VENCESLAU
ü ABERTO - QUARTAS DE FINAIS – ALTO DA EMA 08 X 03 DL F.C.
ü ABERTO - QUARTAS DE FINAIS – SAAE 08 X 02 PINTADA


Prefeitura Municipal de Antônio Martins/RN
Secretaria municipal de esportes e lazer.


Uma rede criminosa que corrompe o País

Como o bicheiro montou um verdadeiro império empresarial para desviar verbas, fraudar licitações, lavar dinheiro e se infiltrar no poder público. Esse bilionário esquema de corrupção funciona há 16 anos e se espalha por todo o BrasilClaudio Dantas Sequeira
img.jpg
INVESTIGAÇÃO
CPI pretende apurar o alcance do esquema de Cachoeira

Na semana passada, ISTOÉ obteve a íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. São quase 15 mil páginas, reunidas em 40 volumes e duas dezenas de apensos, além de 11 mil horas de gravações. Na análise do processo, do qual apenas alguns trechos eram conhecidos até então, a Polícia Federal não só traz à tona as relações promíscuas do esquema do bicheiro com autoridades nos três níveis de poder como esmiúça um império de empresas criadas com a finalidade de corromper em todo o País, desviar verbas, fraudar licitações e lavar o dinheiro ilegal. O levantamento também deixa claro que o grupo de Cachoeira vem agindo há pelo menos 16 anos e foi capaz de ultrapassar diversos governos e tonalidades partidárias. “Aqui come todo mundo, cara. Se não pagar pra todo mundo não funciona. Eu tô nisso há 16 anos!”, sintetiza Lenine Araújo de Souza, o braço direito de Cachoeira, em diálogo gravado pela Polícia Federal.

A descentralização dos negócios e o uso extensivo de laranjas deram capilaridade nacional à atuação de Cachoeira. Embora o bicheiro mantenha o controle das empresas por meio de um núcleo formado por parentes e amigos próximos, a PF identificou pelo menos 149 pessoas que em algum momento estiveram ou ainda estão associadas à quadrilha. Normalmente, a máfia de Cachoeira participa de licitações que já consideram ganhas, à base, é claro, de pagamentos de propina para autoridades e servidores estratégicos. A análise desse império de dimensões bilionárias indica que Cachoeira, nos últimos anos, usou especialmente empresas ligadas à área de medicamentos para se aproximar de governos em, no mínimo, nove Estados. O objetivo do empresário-bicheiro era abocanhar uma bilionária fatia da verba pública destinada à compra de medicamentos genéricos. Para isso, criou o laboratório Vitapan, com sede em Anápolis (GO), que rapidamente se tornou um dos principais fornecedores nacionais de genéricos. O laboratório foi uma espécie de cartão de visitas de Cachoeira para se infiltrar em governos estaduais e municipais. Hoje, a empresa está avaliada em R$ 100 milhões, tem convênios até com a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e está associada a outros grandes do setor, como a Neo Química e o laboratório Teuto Brasileiro. A Neo Química está hoje nas mãos do grupo Hypermarcas do empresário Marcelo Henrique Limírio, sócio de Cachoeira no Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), que produz testes laboratoriais e faturou R$ 10 milhões em 2010, segundo a PF. Limírio também é sócio do senador Demóstenes Torres no Instituto de Nova Educação, faculdade criada em Contagem, e doou R$ 2,2 milhões para as campanhas de Demóstenes e do governador de Goiás, Marconi Perillo.

Ao longo dos últimos 16 anos, Cachoeira aprimorou e diversificou esse esquema. Mas, no início de suas atividades, ele usava empresas de gestão de loterias, seu core business, para fazer a aproximação com o poder público. Com a empresa Capital Bet, ele venceu sozinho a concorrência para a distribuição de bilhetes de loterias no Rio Grande do Sul, em 2001, na gestão Olívio Dutra. Com a Gerplan, que controlava a loteria em Goiás, entrou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O modus operandi incluía fraudes nos prêmios das loterias e suborno de autoridades, como foi revelado no escândalo Waldomiro Diniz, que desembocaria na CPI dos Bingos.
img1.jpg
ALVO
Senador Demóstenes Torres reaparece
no Congresso e gera tumulto
Hoje as organizações de Cachoeira possuem tentáculos que vão muito além da loteria e do jogo do bicho. Entre os negócios com fachada legal mais lucrativos de Cachoeira, está a construção civil. Até aqui desconhecida do mercado, a Mapa Construtora firmou contratos com prefeituras do Ceará e de São Paulo. Na capital paulista, a empreiteira é a responsável pela construção do edifício que vai abrigar o arquivo geral da USP – contrato de R$ 2,1 milhões. Na cidade cearense de Vartoja, firmou convênios de R$ 1,8 milhão para a construção de uma escola infantil e uma quadra esportiva, que ainda não saíram do papel. Outra empresa do grupo do bicheiro, a Trade Construtora, obteve contrato de obras públicas em Anápolis, na atual gestão do petista Antônio Gomide. A Trade foi condenada pela Controladoria do Estado a devolver R$ 360 mil por irregularidades. Esses contratos, no entanto, representam uma pequena parcela do lucro de Cachoeira no setor.

A partir de rastreamentos bancários feitos pela PF, sabe-se agora que boa parte dos recursos públicos que irrigaram o esquema do bicheiro saiu de contratos da Construtora Delta, líder de repasses do governo na área do Ministério dos Transportes. Segundo a PF, Cachoeira seria “sócio oculto” da Delta, articulando negócios conjuntos com a empreiteira, discutindo planilhas de obras, compartilhando funcionários e, inclusive, despachando da própria sede da empresa. Um dos diálogos interceptados pela PF mostra como Cachoeira e a Delta fizeram um consórcio para a compra da empresa Ideal Segurança, responsável pela segurança de aterros sanitários controlados pela Delta, por R$ 199 milhões. Em outro grampo revelador, até agora inédito, descobre-se que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot foi monitorado clandestinamente por pelo menos dois anos. “Tem mais de um ano que o tal do Pagot tá no grampo, entendeu?”, conta o espião Dadá ao bicheiro, em 11 de julho de 2011. Questionado por ISTOÉ, Pagot confirmou que, quando estava no comando do Dnit, foi informado por um delegado amigo sobre a existência de grampos no gabinete em Brasília e em seu escritório em Cuiabá (MT). A deflagração da Operação Monte Carlo indica que Cachoeira trabalhou pela demissão de Pagot e da cúpula do Ministério dos Transportes. Agora, suspeita-se que a Delta pode ter tido acesso a informações privilegiadas de dentro do Dnit, responsável pelas maiores obras da empreiteira.

Sócio ou não da Delta, está cada vez mais claro que a empreiteira fazia a ponte com outras empresas do grupo de Cachoeira para facilitar o toma lá dá cá com o mundo político. A Delta também tem contratos em Anápolis, que abrangem obras rodoviárias e coleta de lixo. Nos contratos das duas empresas a PF vê o dedo do deputado federal Rubens Otoni (PT), flagrado em vídeo negociando com Carlinhos doação de R$ 100 mil para o caixa 2 de sua campanha eleitoral. Otoni, aliás, está na lista da PF de beneficiários do jogo do bicho. Foi denunciado que o senador Demóstenes Torres recebia 30% do faturamento da jogatina comandada por Cachoeira. Só que esse montante, na verdade, era repartido entre os deputados Leréia (PSDB), Jovair Arantes (DEM) e o próprio Rubens Otoni, segundo as investigações.
img2.jpg
O caso mais flagrante, talvez, seja o repasse de R$ 26,2 milhões feito pela Delta à empreiteira Alberto e Pantoja Construções. Sem negócios reais e funcionando num endereço fictício, a empresa destinou R$ 17,8 milhões às companhias Midway Int. Labs. e Rio Vermelho Dist., que injetaram capital na campanha do deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e da vereadora Miriam Garcia (PSDB-GO). Também foram beneficiados políticos do Distrito Federal, de Pernambuco e São Paulo. Já a Emprodata Administração de Imóveis, também uma empresa de fachada, repassou ao menos R$ 100 mil à Asfalto Brasília Ltda., que injetou R$ 175 mil na campanha da deputada Jaqueline Roriz (PMN).

Outra empresa do esquema, a MZ Construções efetuou depósitos de R$ 520 mil na conta da Negocial Fomento Mercantil, que doou R$ 20 mil para a campanha do deputado federal Augusto Coutinho (DEM-PE). A gráfica Laser Press, também usada pela quadrilha, foi doadora da campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB-SP). O argumento usado pela Delta é de que tais repasses não têm relação com as campanhas políticas, são apenas pagamentos a alguns dos milhares de fornecedores da empresa. Faria sentido, não fosse a proximidade de Carlinhos com a empreiteira.

Por fim, o levantamento da Operação Monte Carlo também indica que Cachoeira passou a investir em imóveis rurais para a criação de gado, recurso usado como meio para a lavagem e evasão de capitais. Seu patrimônio inclui ao menos 31 imóveis, incluída aí uma fazenda de gado nelore. Cachoeira também vinha fazendo investimentos pesados em empreendimentos imobiliários, turísticos e até na implantação de cidades. A preferência é por áreas ainda não regularizadas, pelas quais ele poderia subornar autoridades e servidores para conseguir a regularização e depois revender o imóvel com uma valorização exponencial. Um dos maiores negócios na mira de Cachoeira é uma fazenda de dez milhões de metros quadrados no Distrito Federal. A área está sendo cogitada a abrigar uma extensão da cidade-satélite de Vicente Pires. Num diálogo interceptado pela PF, Gleyb Ferreira, gerente do esquema Cachoeira, trata da negociação com um grupo de São Paulo de metade da fazenda, avaliada em R$ 1,07 bilhão e cuja regularização será acertada com a Terracap na base da propina. Outra parcela estaria sendo negociada com o grupo Brookfield, que, segundo suspeita a PF, teria o ex-governador José Roberto Arruda como representante informal no DF. “Se o pessoal da Brookfield também abrir as pernas e começar com muito rolo, eu passo para São Paulo”, diz Gleyb.
img3.jpg


Fonte: IstoÉ Independente http://www.istoe.com.br/reportagens/200935_UMA+REDE+CRIMINOSA+QUE+CORROMPE+O+PAIS